Um empregado do escritório do arquiteto Sergio Bernardes –
um crioulão de dois metros – pediu as contas: ia se dedicar ao bel canto, ao
canto lírico. Como o arquiteto adorava uma molecagem, pediu ao demissionário:
– Dá aí um dó de peito.
O cara: uaaá, deu lá o dó de peito.
Bernardes quis mais:
– Dá outro aí. Estou notando uma coisa qualquer...
O barítono, mesmo sentado, estufou o peito e mandou ver:
uuuuuuaaaaá!
Bernardes então pediu que ele se levantasse, cobriu a
palhinha do assento da cadeira com uma revista e disse:
– Agora senta outra vez e repete o dó de peito.
O crioulo, mesmo cismado, obedeceu: uuuuuuuaaaaá!
Bernardes:
– Era isso! Melhorou muito! Você está com um pequeno
escapamento no baixo ventre. Use um esparadrapo no ânus.
Dias depois, o engenheiro Fernando Sagreto encontrou o tal
cantor do Bernardes declarando ao arquiteto:
– O meu professor mandou dizer pro senhor que o senhor
entende muito mas é de arquitetura. De canto, o senhor não entende porra
nenhuma.
Responsável pelo projeto arquitetônico de um dos cartões
postais da Paraíba, o Tropical Hotel Tambaú, Sergio Bernardes faleceu no dia 15
de junho de 2002.
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