Amaro Machado, arquiteto, navegante e piloto de avião,
comprou um veleiro, modelo Arpege, e estava com problema de nome, até que
decidiu:
– Vai se chamar Rosa dos Ventos.
O também arquiteto Marcos de Vasconcellos ponderou:
– Tá ficando maluco, Machadão? Esse nome é tão óbvio que
devem ter pelo Brasil afora milhares de Rosas dos Ventos.
Ele teimou:
– Pois vou botar Rosa dos Ventos.
– Pirou o cabeção, porra, pirou o cabeção? A Capitania dos
Portos vai até rir na sua cara! – insistiu Marcos de Vasconcellos.
– Não quero nem saber. Vai ser Rosa dos Ventos.
E foi à Capitania registrar o barco. Quando voltou, a cara seriíssima,
trazia um embrulho. Eram as letras de aço para fixar na popa. Ficou Rosa dos
Ventos mesmo.
Todo mundo que pensava no nome, raciocinava feito Marcos
Vasconcellos e desistia.
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