quinta-feira, 14 de junho de 2012

Rosa dos Ventos



Amaro Machado, arquiteto, navegante e piloto de avião, comprou um veleiro, modelo Arpege, e estava com problema de nome, até que decidiu:

– Vai se chamar Rosa dos Ventos.

O também arquiteto Marcos de Vasconcellos ponderou:

– Tá ficando maluco, Machadão? Esse nome é tão óbvio que devem ter pelo Brasil afora milhares de Rosas dos Ventos.

Ele teimou:

– Pois vou botar Rosa dos Ventos.

– Pirou o cabeção, porra, pirou o cabeção? A Capitania dos Portos vai até rir na sua cara! – insistiu Marcos de Vasconcellos.

– Não quero nem saber. Vai ser Rosa dos Ventos.

E foi à Capitania registrar o barco. Quando voltou, a cara seriíssima, trazia um embrulho. Eram as letras de aço para fixar na popa. Ficou Rosa dos Ventos mesmo.

Todo mundo que pensava no nome, raciocinava feito Marcos Vasconcellos e desistia.

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